Search This Blog

Friday, December 3, 2010

Há letras e letras...

há letras e letras
e por melhor que escreva... 
talvez, apenas talvez (com um sorriso), eu não dissesse melhor, mas a cantar
sei que o faria bem pior!
São o que sinto, tudo o que te gostaria de cantar, com uma guitarra e nossas cabeças encostadas
para que ao ouvir
ao recordar
naquele instante em que a Terra deixaria de girar
a minha menor virtude
pudesse destronar o meu maior defeito
onde o recordar, esse recordar
reabrisse uma fenda
ainda que pequena
 e deixasse entrar a brisa em que me tornei...


I want to hold the hand inside you
I want to take a breath that's true
I look to you and I see nothing
I look to you to see the truth
You live your life
You go in shadows
You'll come apart and you'll go black
Some kind of night into your darkness
Colors your eyes with what's not there.

Fade into you
Strange you never knew
Fade into you
I think it's strange you never knew

A stranger's light comes on slowly
A stranger's heart without a home
You put your hands into your head
And then it's smiles cover your heart

Fade into you
Strange you never knew
Fade into you

I think it's strange you never knew
I think it's strange you never knew

mazzy star

A porta fechou-se contigo,
Levaste na noite o meu chão,
E agora neste quarto vazio
Não sei que outras sombras virão.
E alguém ao longe me diz:
Há um perfume que ficou na escada,
E na TV o teu canal está aberto,
Desenhos de corpos na cama fechada,
São um mapa de um passado deserto.
Eu sei que houve um tempo
Em que tu e eu
Fomos dois pássaros loucos,
Voámos pelas ruas
Que fizemos céu,
Somos a pele um do outro.
Não desistas de mim,
Não te percas agora,
Não desistas de mim
A noite ainda demora.
Ainda sei de cor o teu ventre
E o vestido rasgado de encanto,
A luz da manhã,
O teu corpo por dentro,
E a pele na pele de quem se quer tanto.
Não tenho mais segredos,
Escondi-me nos teus dedos,
Somos metades iguais.
Mas hoje,
Só hoje,
Leva-me para onde vais
Que eu quero é dizer-te:
Não desistas de mim,
Não te percas agora,
Não desistas de mim
A noite ainda demora.

pedro abrunhosa e comité caviar

I don't believe in an interventionist God
But I know, darling, that you do
But if I did I would kneel down and ask Him
Not to intervene when it came to you
Not to touch a hair on your head
To leave you as you are
And if He felt He had to direct you
Then direct you into my arms

Into my arms, O Lord

Into my arms, O Lord
Into my arms, O Lord
Into my arms

And I don't believe in the existence of angels

But looking at you I wonder if that's true
But if I did I would summon them together
And ask them to watch over you
To each burn a candle for you
To make bright and clear your path
And to walk, like Christ, in grace and love
And guide you into my arms

Into my arms, O Lord

Into my arms, O Lord
Into my arms, O Lord
Into my arms

And I believe in Love

And I know that you do too
And I believe in some kind of path
That we can walk down, me and you
So keep your candlew burning
And make her journey bright and pure
That she will keep returning
Always and evermore

Into my arms, O Lord

Into my arms, O Lord
Into my arms, O Lord
Into my arms 

nick cave and the bad seeds


Menina em teu peito sinto o Tejo
e vontades marinheiras de aproar
menina em teus lábios sinto fontes
de água doce que corre sem parar

menina em teus olhos vejo espelhos
e em teus cabelos nuvens de encantar
e em teu corpo inteiro sinto o feno
rijo e tenro que nem sei explicar

se houver alguém que não goste
não gaste - deixe ficar
que eu só por mim quero-te tanto
que não vai haver menina p'ra sobrar

aprendi nos "Esteiros" com Soeiro
aprendi na "Fanga" com Redol
tenho no rio grande o mundo inteiro
e sinto o mundo inteiro no teu colo

aprendi a amar a madrugada
que desponta em mim quando sorris
és um rio cheio de água levada
e dás rumo à fragata que escolhi

se houver alguém que não goste
não gaste - deixe ficar...
que eu só por mim quero-te tanto
que não vai haver menina p'ra sobrar

Pedro Barroso


Todo o amor que nos prendera
Como de fora de cera
Se quebrava e desfazia.
Ai funesta primavera,
Quem me dera, quem nos dera
Ter morrido nesse dia.

E condenaram-me a tanto,
Viver comigo o meu pranto,
Viver, e viver sem ti,
Vivendo sem no entanto
Eu me esquecer desses encanto
Que nesse dia perdi.

Pão duro da solidão
É somente o que nos dão a comer.
Que importa que o coração
Diga que sim ou que nãoSe continua a viver.

Todo o amor que nos prendera
Se quebrara e desfizera,
Em pavor se convertia.
Ninguém fale em primavera,
Quem me dera, quem nos dera
Ter morrido nesse dia.

David Mourão Ferreira