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Tuesday, March 22, 2011

é proibido

É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo das nossas lembranças

É proibido não nos rirmos dos problemas
Não lutar pelo que se quer
Abandonar tudo por medo
Não transformar sonhos em realidade


É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague pelas nossas dúvidas ou o mau-humor


É proibido deixar os amigos
Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessitamos deles


É proibido não sermos genuínos diante das pessoas
Fingir que elas não te importam

É proibido ser gentil só para que se lembrem de nós
Esquecer aqueles que gostam de nós
É
 proibido não fazer as coisas por si mesmo
Não crer em Deus e fazer seu destino
Ter medo da vida e dos seus compromissos
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro


É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar
Esquecer os seus olhos, o seu sorriso, só porque os seus caminhos se
desencontraram
Esquecer o passado e pagá-lo com o presente


É proibido não tentar compreender as pessoas
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua
Não saber que cada um tem seu caminho e a sua sorte.


É proibido não criar a sua história
Deixar de dar graças a Deus pela vida
Não ter um momento para quem necessita de si
Não compreender que o que a vida dá, também tira


É proibido não procurar a felicidade
Não viver a vida com uma atitude positiva
Não pensar que podemos ser melhores
Não sentir que sem si, este mundo não seria igual


Pablo Neruda

Monday, March 21, 2011

Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê o melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.

Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.

Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.


Pablo Neruda

Wednesday, March 2, 2011

...

grito em silêncio, tão alto
tão alto, que me abafa o ser
eu próprio já não me ouço

não fosse o sorriso inocente de quem me faz sorrir
e podem crer
que eu já não cria absolutamente em nada

apercebo-me que definitivamente só o meu corpo deve ser deste planeta
minh'alma, meu coração,
são compostos dum outro mundo qualquer
a imensidão do que me faz sorrir é tão simples
a realização, o reconhecimento de Maslow é para mim tão simples como fazer sorrir quem amo
ai sim, sinto-me realizado
aí sim, sinto reconhecimento

mas na verdade
não sou espada em nenhuma guerra, por quem se lute ou por quem se queira  lutar
não sou reflexo em nenhum olhar
a imensidão do meu coração
é o que me faz
e o que me destrói
é a arma com que me matam